10 de janeiro de 2023

Além do óbvio

Pegando carona em alguns episódios do Podcast aqui do Cultura Longboard onde o tema foi “Pranchas Complementares”, me vi enquadrado nesse artigo e não poderia deixar esse tema passar batido.

A cultura do surfe aqui no Brasil, sempre foi conservadora, quando se pensa em surfar, logo vem à cabeça uma prancha óbvia, performance e triquilha, existem pessoas que surfam uma vida e nunca experimentaram outra proposta. Mas espera lá, isso está mudando, algo que os gringos fizeram a vida toda, hoje uma parcela dos surfistas brasileiros parece ter despertado e começou a pôr em prática, montar um quiver com modelos variados. Quando falo de modelos variados, vamos além do convencional, exemplo é a turma do longboard na qual me enquadro, hoje temos uma infinita proposta de pranchas para variarmos, a febre das twins e midlenghts, singlefins, logs, gliders e por aí vai. Realmente como surfista o que existe de mais gostoso é poder se desafiar, estar em constante evolução. Trocar de equipamento, surfar com pranchas diferentes, testar configurações de quilhas e por aí a brincadeira passa a ficar cada vez melhor. Outro ponto legal são os eventos de test drive, isso é muito bom, as marcas ou shapers que disponibilizam um test drive abrem portas para que muitos surfistas tenham essa noção do quanto é gostoso testar equipamentos distintos, sou um pouco suspeito para falar desse tipo de evento, pois já fiquei um dia inteiro na água surfando com mais de seis pranchas diferentes (risos), quando estou surfando entre amigos é muito comum trocar de equipamento, pode parecer doideira, mas às vezes agrada todo mundo. Voltando para o meu quiver atual, hoje possuo um longboard, modelo Jazz tamanho 9’6, iniciei o ano produzindo um modelo híbrido com, tamanho 9’2 indicado pelo meu amigo Tiago Bulhões

Para fechar o quiver, aqui no sul faço um trabalho com outro grande amigo, Willy Barreiro, que é um ícone do surfe uruguaio, que atualmente reside em Garopaba. Willy possui um vasto currículo e mais de 50 anos de experiência na produção de pranchas, ele tem feitos algumas MID’s e Twins para meu uso, normalmente acompanho ele na sala de shape, trocamos sempre informações para ir moldando cada modelo, já trabalhamos com diversas configurações de quilhas, canaletas, rabetas, tamanhos, enfim sempre acaba saindo uma prancha melhor que a outra. Já me alonguei demais por aqui e os amigos já estão me chamando para o surfe, independente se você é surfista de pranchinha performance ou se surfa de longboard, o conselho que posso lhe dar é: “Teste outros equipamentos” sempre vai existir aquela prancha mágica, porque ter uma só se podemos fazer a magia aumentar, com um quiver diversificado!

Boas ondas neste ano que se inicia, um feliz 2023! A gente se vê na água!

Autor: Fernando Verch

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